Incrível! Essa é a palavra exata para a campanha impecável do Guarani até então na Série B 2009.
O Bugre foi a Florianópolis, enfrentar o Figueirense e trouxe 3 pontos na bagagem, jogando bem, com personalidade, mostrando que realmente está afim de conquistar uma das 4 vagas e não apenas disputar o campeonato. Além disso quebrou um tabu de nunca ter vencido o adversário em Florianópolis (apenas em um amistoso em 1953) e em partidas oficiais.
Agora são 15 pontos em 5 jogos, 100% de aproveitamento, com 3 vitórias fora de casa, 2º melhor ataque da competição e abrindo 5 pontos do 2º colocado. Nem a torcida bugrina, jogadores e comissão técnica acreditavam em um início tão bom, diante das dificuldades previstas e que pelo jeito foram superadas com muita união, vontade de vencer e comprometimento.
O próximo adversário do Guarani é o grande favorito ao acesso, Vasco da Gama, no próximo sábado, 13 de junho, às 16:00 hrs. O Brinco de Ouro deverá receber um grande público e um grande jogo com certeza.
O jogo
Esperando um jogo duro, diante de um bom adversário, jogando em seus domínios, o Guarani entrou em campo com a mesma equipe pela 5º vez consecutiva, tentando manter a invencibilidade e aproveitamento de 100%. Já o Figueirense, não vencia há 2 rodadas e precisava vencer de qualquer maneira.
Bem postado em campo e adiantando a marcação, o Guarani não sentiu pressão do adversário conforme prevíamos. Explorando os contra-ataques, o Bugre chegava rapidamente na área do Figueirense, principalmente no 1º tempo. As melhores chances de gol foram com Maranhão, Caíque (que teve um gol anulado, em lance toalmente legal) e Wálter Minhoca. Pelo lado do time catarinense, as chances foram principalmente na 1º etapa, com Rafael Coelho e Roger Bernardo (aquele mesmo).
No 2º tempo, o Guarani não repetiu o bom desempenho do 1º tempo, a equipe caiu de rendimento, a marcação recuou e o Figueirense logicamente veio pra cima, pois o empate não lhe interessava. A melhor chance do Figueirense foi numa cobrança de falta na trave esquerda de Douglas. O Guarani tentava contra-atacar mas tinha dificuldades, enquanto o adversário também não conseguia êxito, principalmente nas bolas aéreas.
Sentindo que o Guarani tinha condições de vencer, Vadão tirou Wálter Minhoca, que visivelmente estava cansado, rendendo muito pouco e colocou o atacante "talismã" Fabinho Souza. Com isso o Guarani ganhou um maior poder ofensivo e velocidade, mesmo sem chances claras de gol. Em seguida, foi a vez de Nei Paraíba fazer sua estréia com o manto bugrino, entrando no lugar de Ricardo Xavier.
O jogo se encaminhava para um empate sem gols, quando em uma cobrança de falta muito bem cobrada na áera por Fabinho aos 35 minutos da etapa final, o zagueiro Bruno Aguiar (ex jogador do Figueirense) subiu sozinho e marcou de cabeça o gol da vitória bugrina.
Após o gol, na base do desespero, o Figueirense tentou o empate sem sucesso e o Guarani teve que se segurar com 10 jogadores em campo, devido a expulsão do lateral esquerdo Andrezinho, aos 43 minutos.
O Bugre ainda quase ampliou em um lance em que o rápido Fabinho deu um drible da vaca no zagueiro Toninho quase na linha da grande área e foi derrubado, provocando a expulsão do jogador.
Final de jogo, importante vitória para o Guarani e liderança isolada na competição.
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Resumo final
Excelente resultado, incrível campanha do Guarani na Série B e boas perspectivas pela frente. Para quem falou que o Guarani só tinha enfrentado "galinha morta" até agora, está aí a resposta dentro de campo.
Não chegamos a lugar algum e não podemos achar que o time terá um caminho tranquilo e fácil pela frente, mas por outro lado, devemos comemorar sim , pois o Guarani vem fazendo história com sequência de vitórias, quebrando tabus e liderando uma competição, coisas que essa sofrida torcida não via há muito tempo.
A receita de Vadão e Gersinho vem dando certo, a diretoria está mantendo os salários em dia, o time está se entrosando cada vez mais, é nítido o bom clima e união entre os jogadores. Tudo isso aliado à técnica, raça e apoio da torcida, são ingredientes fundamentais para o sucesso de uma equipe.
O maior desafio daqui pra frente é manter uma regularidade, o assédio por parte da imprensa, por parte de outros times em relação a nossos jogadores e também é claro, manter os pés no chão sempre.
O Guarani é líder com 5 pontos de vantagem do 2º colocado e chegará no Dérbi, daqui 2 rodadas, na mesma posição.
Os adversários nos enxergarão com outros olhos e os jogos tendem a ser mais difíceis, principalmente no Brinco de Ouro, onde muitos deles jogarão totalmente fechados. Teremos que ter muita paciência e deveremos apoiar o time 90 minutos.
No começo do campeonato, disse que gostaria de esperar até a 7º rodada para fazer uma melhor análise desse time (visto os adversários), mas já posso adiantar que o Guarani vai lutar por uma das 4 vagas, a não ser que ocorra inúmeros problemas de contusões, transferências dos nossos principais jogadores para outrros times (devido a boa campanha), salários atrasados, etc...
Mas acredito que tudo vai dar certo, pois quando um trabalho é feito com competência e seriedade desde o começo, a tendência é colher bons frutos no futuro.
Vamos então torcer e esperar.
Avante Bugrão!!!
Abraço
André Bugrino
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Análise do time (opinião do Nação Bugrina)
Douglas: Nota 6 - Foi bem, apesar de não ter sido tão exigido. Teve mais trabalho no 1º tempo e deu conta do recado.
Maranhão: Nota 6 - Esteve na média. Não foi brilhante, mas tentou apoiar, teve uma boa chance de gol, no 1º tempo.
Dão: Nota 7,5 - A melhor partida dele até então. Não só pelo time não ter levado gol fora de casa, mas também pela segurança na zaga, boas antecipadas e combates. Deu uma furada no 1º tempo, mas depois cresceu muito.
Bruno Aguiar: Nota 7 - Também fez sua melhor atuação. Assim como seu companheiro de zaga, ajudou a neutralizar as jogadas aéreas do Figueirense. E se não bastasse isso, fez o gol da vitória.
Andrezinho: Nota 5 - Leva essa nota pela expulsão desnecessária aos 43 do 2º tempo, perto do meio campo, sem perigo algum, embora tenha feito uma linda jogada no 1º tempo, servindo à Wálter Minhoca.
Luciano Santos: Nota 6,5 - Foi bem no meio campo e ainda ajudou na zaga como 3º zagueiro quando foi preciso.
Cléber Goiano: Nota 6 - Boa atuação do capitão bugrino, na média. Melhor na marcação do que nos passes.
Wálter Minhoca: Nota 6 - Jogou bem no 1º tempo, até perdeu um gol feitíssimo, mas cansou na 2º etapa, caiu muito de rendimento e foi substituído.
Rodriguinho: Nota 6 - Ainda não fez uma grande partida, mas é importante para o time e para o esquema do Vadão.
Caíque: Nota 6 - Sempre perigoso, rápido, foi melhor no 1º tempo e teve 2 boas chances de marcar, além do lance em que chegou a marcar, mas foi mal invalidado pelo bandeira.
Ricardo Xavier: Nota 4,5 - 5 jogos e 2 gols de pênalti. Muito pouco para um camisa 9. Até se movimenta bem, ajuda, mas precisa melhorar muito e meter a bola na rede se quiser se manter titular.
Técnico Vadão: Nota 7 - Novamente soube trabalhar a equipe para um jogo fora de casa, mexeu bem na equipe quando percebeu que dava pra ganhar o jogo e conseguiu.
Depois entraram
Fabinho: Nota 6 - O "talismã" bugrino novamente entrou bem, dando velocidade ao ataque e foi decisivo mais uma vez na vitória, cobrando bem a falta e colocando a bola na cabeça de Bruno Aguiar, autor do gol.
Nei Paraíba: Nota 5 - Entrou com disposição, deu 2 cabeçadas em pouco tempo que esteve em campo.
Gláuber: Entrou no finalzinho. Sem nota
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Ficha Técnica
Figueirense 0 x 1 Guarani
Local: Estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis – SC
Público: 6.747 pagantes
Renda: R$ 30.655,00
Árbitro: Renato Cardoso da Conceição - MG
Cartões amarelos: Andrezinho, Bruno Aguiar e Caíque (Guarani); Toninho e Paulinho (Figueirense)
Cartões vermelhos: Andrezinho (Guarani); Toninho (Figueirense)
Gol: Bruno Aguiar, aos 35'/2T (Guarani)
Figueirense
Wilson; Toninho, João Felipe e Roger; Lucas, Paulinho (Clodoaldo), Carlinhos, Pedrinho (Cássio) e Egídio; Schwenk (Ricardinho) e Rafael Coelho. Técnico: Roberto Fernandes.
Guarani
Douglas; Maranhão, Dão, Bruno Aguiar e Andrezinho; Cléber Goiano (Gláuber), Luciano Santos, Rodriguinho e Walter Minhoca (Fabinho); Caíque e Ricardo Xavier (Nei Paraíba). Técnico: Vadão.
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Gol da partida
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